Flamenco - Espetaculos / Loja

E l   C a m i n o   F l a m e n c o ®


Xavier Llonch

Xavier Llonch

Histórial

Xavier Llonch,
Guitarrista e cantor de Flamenco desde 1984.

    
Flamenco jondo

"El Camino"

Grupo de flamenco.

Espetáculosde flamenco diferentes,
culturais ou para festas.

Loja Flamenca

Loja Flamenca

Estilo flamenco

Dirigida por,
Fátima Africano.

Xavier Llonch

Xavier Llonch nasceu em França em 1967, filho de pai espanhol e de mãe francesa.

Desde muito novo entrou em contacto com o mundo da música, e mais particularmente do flamenco, quando acompanhava o seu pai a encontros de emigrantes espanhóis em França.
Desde os 17 anos que tem dedicado a sua vida a aprendizagem da guitarra e do canto flamenco fazendo estadias regulares em Espanha.
Em 1991 vem para Portugal, fixando-se no Algarve. Aí desenvolveu intensamente a sua actividade artística tocando em complexos turísticos, galerias de artes, auditórios e participando em festivais de verão de diversas cidades.
Em 1992 introduz a dança flamenca nos seus espectáculos com a bailarina de Sevilha Gracia Diaz quer na sua escola como apresentações públicas. Em 2002, sempre nesta linha, surge a colaboração com a Escola de Flamenco da Sociedade Recreativa e Artística de Faro.
Desde 2004 reside e trabalha em Lisboa.
Actualmente acompanha as aulas de dança flamenca de María José Navarro no Centro Galego de Lisboa.
Durante todos estes anos tem continuado a manter um contacto com músicos de Sevilha procurando sempre o aprofundamento e desenvolvimento da música flamenca.


Guitarra Flamenca



Flamenco Grupo



Actividade no campo do ensino

Xavier Llonch tem também dedicado parte da sua actividade ao ensino da guitarra e do canto flamenco.
Em 2000 participou no projecto "Tempos Livres" organizado pela Cámara Municipal de Vila Real de Santo António leccionanda guitarra a crianças.
Em 2001 e 2002 trabalha em conjunto com a Cámara Municipal de S.Brás no projecto de integração cultural e social da comunidade cigana daquela região, leccionanda guitarra e canto flamenco a um numeroso grupo (crianças e adultos) daquela comunidade. Desse trabalho resultou a apresentação do grupo em público na Feira das Artes de S.Brás em 2001 e na Feira da Serra em 2002.
Os últimos anos deu lições em diversos locais como Tavira, Vila Real e em Faro, na Associação da Juventude de Faro e na Sociedade Recreativa dos Artistas.

Actualmante ensina em Lisboa.

El Camino Flamenco

Xavier Llonch actua souzinho ou em grupo, com música e dança ou só música dependendo do espetáculo desejado.
Desde 1991 Xavier Llonch trabalha com numerosos artistas e companhia de Portugal e de Espanha, organizado por ele ou participando em prejectos de outros artistas.

Felag Mengu

História do flamenco.

Um espetáculo onde se representa o flamenco desde as suas origens até hoje.

Uma viagem pela arte flamenca. Com todo o misticismo e sentimento inerente a uma arte tão irreverente e densa, o grupo "El Camino" apresenta um espetáculo de Flamenco com todos os predicados exigíveis, canto, baile e toque. Esta viagem pretende recriar o desenvolvimento do flamenco desde as suas origens até aos dias de hoje, sem esquecer as origens árabes, o povo cigano e algumas das referências mais marcantes do flamenco.





Flamenco para Casamentos

Um espetáculo de flamenco especial para casamentos.

Guitarra, voz e bailarinas. Alegria, graça, vestidos coloridos para um espetáculo de qualidade.

1ª parte Músicas e danças escolhidas para o próprio evento, o casamento. Temas com elegância, alegría, graça que representam: pedido em casamento, vida comum de casal, garra e paixão de sentimentos e emoções. tudo sem sair do flamenco tradicional.

2ª parte Ritmos quentes das guitarras, vozes alegres, som das palmas para o público se deixar levar a dançar…. ( repertório Gipsy Kings e músicas do mesmo género…) .



Rumba Flamenca

Fiesta para todos.

Para festas grandes e pequenas!
A rumba catalã foi criada por ciganos de Barcelona e popularizada em Espanha por "Peret" ( cantor cigano de Barcelona ) e é famosa mundialmente graças ao grupo "Gipsy Kings".

Ritmos quentes das guitarras, vozes alegres, som das palmas para o público se deixar levar a dançar…



Sevillanas en Lisboa

Uma festa para toda a gente bailar sevilhanas com música ao vivo.

Um espetáculo de sevilhanas alegre para o público dançar. Serão cantadas e tocadas com estilos diferentes. Interpretadas por várias vozes femininas e masculinas, guitarras e diversas percussões.
Este espetáculo pretende animar e contagiar.



O nosso grupo de sevilhanas

O grupo “Sevillanas en Lisboa” nasceu das festas e tertúlias que fazemos em Lisboa e arredores. Depois de tantos pedidos de sevilhanas para bailar juntaram-se umas pessoas que frequentam muito essas festas a fim de formar mesmo um grupo de canto e música por sevilhanas para todos poderem dançar.

Quem dança sevilhanas e não vai a Feria de Sevilla? Quem vai as Feiras andaluzas e não gosta de dançar sevillanas trajadas e trajados no meio de muita gente também trajada? Com tanta gente em Portugal que vive este entusiasmo, esta alegría… Já é tempo de ter mais oportunidades mais facilidade para disfrutar essa arte que muitos de nos sentimos por dentro e por fora!!!



QUE HISTÓRIA CONTAM AS SEVILHANAS?

As sevilhanas são compostas por quatro estrofes com três quadras cada uma. Ao longo das sevilhanas é interpretada uma história de amor com final feliz.

Primeira estrofe:
na primeira quadra, a mulher exibe-se,
na segunda quadra: namorisca, indo o homem ao seu encontro,
na terceira quadra: ela finge que foge, com as passadas.


Segunda estrofe:
na primeira quadra: representa a aproximação,
na segunda quadra: continuam a aproximar-se,
na terceira quadra: a mulher permite que se encurtem as distâncias.


Terceira estrofe:
na primeira quadra: quebra-se o feitiço, simula-se um engano,
na segunda quadra: uma disputa, uma zanga,
na terceira quadra: viram-se as costas.


Quarta estrofe:
na primeira quadra: chega a calma e o reencontro,
na segunda quadra: a aceitação,
na terceira quadra: a reconciliação e a confiançia.


Existem muitos estilos de baile por sevilhanas: as «rocieras», que são muito rápidas; as «corraleras», que são as mais conhecidas e populares e que se dançam nos «corrales»; as de «Lebrija» com muita percussão; as «boleras» do século XVII e as flamencas, ambas instrumentais e um grande etcetera.



O flamenco!





O que é o flamenco?


O flamenco é a música, o canto e a dança cujas origens remontam às culturas cigana e mourisca, com influência árabe e judaica. A cultura do flamenco é associada principalmente à região da Andaluzia, na Espanha, assim como a Múrcia e Estremadura, e tornou-se um dos símbolos da cultura espanhola. Em 16 novembro de 2010, o flamenco foi declarado património cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Originalmente, o flamenco consistia apenas de canto (cante) sem acompanhamento. Depois, começou a ser acompanhado por guitarra, ou guitarra(toque), palmas, sapateado e dança (baile). O toque e o baile podem também aparecer sem o cante, embora o canto permaneça no coração da tradição do flamenco. Mais recentemente, outros instrumentos como o cajón (ou adufe, em português: uma caixa de madeira usada como percussão) e as castanholas foram também introduzidos assim como vários outros instrumentos como o violino, o celo e flauta; o que veio a engrandecer as nuances musicais além da tradicional guitarra.

Muitos dos detalhes do desenvolvimento do flamenco foram perdidos na história da Espanha e existem várias razões para essa falta de evidências históricas:

Os tempos turbulentos dos povos envolvidos na cultura do flamenco. Os mouros, os ciganos e os judeus foram perseguidos pela inquisição espanhola em diversos tempos;
Os ciganos possuíam principalmente uma cultura oral. As suas músicas eram passadas às novas gerações através de actuações em comunidade;
O flamenco não foi considerado uma forma de arte, sobre a qual valesse a pena escrever durante muito tempo. Durante a sua existência, o flamenco esteve dentro e fora de moda por diversas vezes.
Foi nesta situação social e economicamente difícil que as culturas musicais de judeus, mouros e principalmente ciganos começaram a fundir-se no que se tornaria a forma básica do flamenco: o estilo de cantar dos mouros, que expressava a sua vida difícil na Andaluzia, os diferentes "compás" (estilos rítmicos), palmas ritmadas e movimentos de dança básicos. Muitas das músicas flamencas ainda refletem o espírito desesperado, a luta, a esperança, o orgulho e as festas noturnas durante essa época. Músicas mais recente de outras regiões de Espanha influenciaram e foram influenciadas pelo estilo tradicional do flamenco.

"Cantor espanhol", quadro de 1860 de Édouard Manet A primeira vez que o flamenco foi mencionado na literatura remonta a 1774 no livro "Cartas marruecas", de José Cadalso. No entanto, a origem do termo "flamenco" continua a ser assunto bastante debatido. Muitos pensam que se trata de um termo espanhol que originalmente significava flamengo ("flamende"). Contudo, existem outras teorias. Uma das quais sugere que a palavra tem origem árabe, retirada das palavras "felag mengu" (que significa algo como "camponês de passagem" ou "fugitivo camponês").

Durante a chamada "época de ouro" do flamenco, entre 1869 e 1910, o flamenco desenvolveu-se rapidamente nos chamados "cafés cantantes". Os dançarinos de flamenco, em sua maioria ciganos, também se tornaram numa das maiores atrações para o público desses cafés. Ao mesmo tempo, os guitarristas que acompanhavam esses dançarinos, foram ganhando reputação e dessa forma, nasceu, como uma arte própria, a guitarra do flamenco. Julián Arcas foi um dos primeiros compositores a escrever música flamenca especialmente para a guitarra.

A guitarra flamenca e a guitarra são descendentes do alaúde. Pensa-se que as primeiras guitarras (como é chamado a guitarra na Espanha) teriam aparecido em Espanha no século XV. A guitarra de flamenco tradicional é feita de madeira de cipreste e abeto e é mais leve e um pouco menor que a guitarra clássica, com o objetivo de produzir um som mais agudo.
alaúde antigo
Ainda é possível encontrar em outros folclores da Andaluzia o instrumento bandurria, uma espécie intermediária entre o alaúde e a guitarra flamenca propriamente dita.

Palo flamenco





O que é o palo?


Palo é o nome que se dá às sub-classificações do Flamenco. Dependendo do compasso, da escala utilizada, da progressão de acordes, do tema abordado na letra e de outras características mais destacadas das músicas, estas podem classificar-se de diferentes maneiras, de forma que músicas em um mesmo palo apresentam características semelhantes. Dentre os principais palos flamencos destacam-se a Seguiriya, a Soleá, a Bulería, a Alegría, a Rumba, o Tango, o Fandango e a Sevillana. O Martinete é considerado o palo mais antigo, chamado a palo seco, ou seja, sem acompanhamento de guitarra. De certa forma, alguns destes palos eram músicas tradicionais que posteriormente foram incorporadas ao Flamenco. Assim sendo, muitos não consideram as Sevillanas, por exemplo, como sendo Flamenco. Vale notar que existem vários outros palos além destes, uma centena, como Canastera, Alboreá, Petenera, etc. Cada palo contém características marcantes que podem identificá-los. Assim os palos jondos são mais pesados, tristes, como a Soleá. Há contudo músicas que apresentam uma certa mistura dessas características.

O palo mais antigo no Flamenco, acompanhado de algum instrumento é a Seguiriya. Antes a ele as músicas eram apenas cantadas, sem dança nem guitarra (as chamadas Tonás), como no caso do martinete, onde aparece a bigorna como acompanhamento, por exemplo. Após as Seguiriyas vieram as Soleá, quando o Flamenco passou a ser apresentado, inclusive com dança. E então vieram as Bulerías, que apresentavam um caracter mais festivo, com danças mais aceleradas. As Bulerías são o palo em que o guitarrista/violonista ou o bailaor podem mostrar suas melhores habilidades, havendo muita improvisação. Já a Petenera, apesar de ser um palo bem raro de ser encontrado, possui toda uma lenda por trás, segundo à qual o compositor que a compusesse seria vítima de tal azar que seus dias estariam contados. Sendo assim, geralmente é escrita quando o autor está bastante deprimido, com letras associadas à morte (já que o autor "está ciente" de que vai morrer). Os palos flamencos mais enraizados apresentam compassos por 12, enquanto outros palos que foram encorporados ao flamenco ou sofreram influência de outros ritmos não-flamencos apresentam compassos por 3 e outros por 4, existindo até mesmo palos com ritmo livre, sem contagem exata.

A guitarra flamenca





A evolução da guitarra flamenca.


Segundo Norberto Torres (2009), a guitarra flamenca surge como uma união entre a tradição da guitarra popular dedilhado e o repertório popularizador dos “ares andaluzes” dos concertistas da segunda metade do século XIX.

Praticamente como temos evidências na Espanha da guitarra de quatro ordens, existe o conceito de "guitarra popular", caracterizado por acompanhamentos elementares e rudimentares em oposição a outros mais complexos da vihuela. Uma das características fundamentais deste guitarra popular é o uso de uma técnica muito característica: o rasgamento, um elemento que mais tarde se tornará uma característica distintiva da guitarra flamenca. Além disso, como Norberto Torres coloca, “parte do repertório de vihuelistas é nutrida pelo popular, e que um de seus procedimentos para compor, o de variações de brilho chamado diferenças, será preservado no toque com o nome de 'falsetas'” (Torres 2009)

com cinco ordens (internacionalmente conhecido como "guitarra espanhol"), podemos ver o uso frequente da técnica de dedilhar nos principais países europeus, principalmente para acompanhar danças. Espanhol Essa estética continuará ao longo do século XVIII, onde Cádiz se destacará como um lugar-chave na atividade musical em torno deste instrumento. Além disso, ainda existe essa conexão entre a guitarra acadêmico e popular, especialmente com o surgimento de novos gêneros, como o fandango (que contribuirá com algo fundamental ao toque do flamenco, como a chamada cadência andaluza) ou a jota.

Já na segunda metade do século, temos uma mudança fundamental para a história do instrumento, que é a adição de uma sexta ordem. É nesse momento que duas grandes escolas são definitivamente estabelecidas: a guitarra pontilhado (que será o futura guitarra “clássico”) e o popular guitarra de acompanhamento (que mais tarde se tornará a guitarra flamenca). Essa tendência será confirmada na primeira metade do século XIX, quando ocorrer a próxima grande mudança organológica do instrumento, que passará de seis cordas duplas para seis cordas simples (surgindo assim no flamenco, o "toque por arriba").

Na segunda metade do século XIX, o resultado do gosto burguês do "andaluz" como algo exótico, os guitarristas de concerto da guitarra acadêmico (especialmente os discípulos diretos ou indiretos de Dionisio Aguado) freqüentemente incluem em seus programas obras com influência "popular". Da mesma forma, os jogadores também serão influenciados pelo repertório desses artistas da escola. Lembre-se de que é a época dos cantores dos cafés e que esses tocaores deixaram de desempenhar a função de cantaor / tocaor e se dedicarão exclusivamente à sua função de acompanhantes. A guitarra flamenca nasce finalmente em sua forma mais pura, que será refletida alguns anos depois (em 1902) com o aparecimento do que foi o primeiro método de guitarra flamenca: Rafael Marín.

Desde então, e graças especialmente a dois guitarristas essenciais na história do flamenco, como Ramón Montoya e depois o maestro Paco de Lucía, a guitarra flamenca evoluiu exponencialmente, tornando-se independente hoje de sua função de acompanhamento de canto e música. de dançar e criar um novo aspecto: a guitarra de flamenco. Para chegar a essa situação, em que a guitarra flamenca é exigida internacionalmente e o amor por ela é enorme, devemos ser gratos pelo trabalho realizado pelos grandes artistas atuais como Víctor Monge “Serranito”, Manolo Sanlúcar, Oscar Herrero, Vicente Amigo ou Tomatito. , entre outros.